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Trincos, contextos e ideias


São inúmeros, os preconceitos que teimam em não descolar das cabeças de quem vê futebol.

Existe uma tendência clara, para catalogar contextos competitivos. A forma como se faz é tão generalizada que a maioria dos treinadores parece não acreditar que se possa fugir a ela. Fugir a esta mentalidade passará pela obtenção de sucesso, sendo este sucesso, espelhado através de uma operacionalização eficaz. Se as nossas ideias, diferenciadoras, forem capazes de combater o quotidiano do futebol triste e viciado, que reina, em demasiados espaços no futebol português, então, estaremos no caminho certo.

A ideia que se espalhou, de forma viral, foi que existem diversos futebóis. Existem lugares, sítios, competições, onde só se pode jogar de determinada forma. Somos obrigados a responder de forma igual e rotineira, a problemas impostos pela escassez de conhecimento.

Não tem de ser assim. Passa por nós, treinadores, essa mudança. Claro que ajudava imenso que as pessoas que gostam do jogo, também gostassem de o conhecer. Ajudava ainda mais, se as pessoas que o comentam, repetidamente, tivessem intenções de o ensinar.

Na distrital o jogo é musculado e não há espaço para o futebol apoiado. O 6 tem de ser um trinco e quem quiser construir desde trás partirá sempre em desvantagem...porque este futebol não o permite.

Mas que raio, o futebol que todos jogam não nos permite jogar o nosso?

É claro que as carateristicas das equipas têm, e devem ter, influência no nosso modelo de jogo. Se todas as equipas defendem H-H, atacarás de uma forma diferente daquela que farias se todas o fizessem de forma zonal. É óbvio.

O que não é óbvio, nem tem de o ser, é que devamos jogar o jogo que os outros jogam. Temos de nos adaptar ao contexto mas, fundamentalmente, temos de acreditar que ideias diferentes, se bem trabalhadas, geram resultados diferentes.

Mais que isso, temos de acreditar que é possível combater os fortes e os altos com os baixos e ágeis. Sobretudo com aqueles que são inteligentes.

Esqueçam lá a ideia que não se pode ter bola e dominar em campeonatos rotulados de físicos. Pode-se, e até que acredito que seja mais fácil...porque seremos os únicos com essas intenções.

No futebol não existem modelos iguais, muito menos obrigatórios.

No futebol, os jogos ganham-se com ideias.

Bruno Fidalgo

A missão do código Futebolístico: 

 

A paixão pelo jogo guiou-me pelos caminhos da partilha de pensamentos e ideias. 

 

O treino, a análise...tudo ligado, um único objetivo: 

 

Viver o futebol. 

 

 

Bruno Fidalgo

 

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