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Renato Sanches - A frequência com que podes ser tu


Confesso que não sou conhecedor dos jovens vindos da formação. Não vejo a Youth League e por esta altura, nem as equipas B me roubam tempo.

Não conheço o Renato Sanches há muito tempo. Ainda assim, passados alguns jogos, já tenho uma opiniao formada, ainda que seja baseada em primeiras impressões.

O Renato é um miúdo que impressiona, à partida, pela sua enorme capacidade física. Intensidade na forma como pressiona, nos duelos, forte capacidade de desarme e velocidade.

Não é brilhante ao nível do passe, mas consegue ser seguro. Peca, geralmente, quando arrisca mais, quando tenta ser vertical. E não me refiro só à ação técnica.

Sem bola, do ponto de vista tático parece cumprir bem, ainda que com algumas falhas naturais.

As suas melhores caraterísticas, a nível ofensivo, parecem ser a forte capacidade de progredir com bola, a facilidade com que ultrapassa adversários em velocidade e o seu remate.

Renato Sanches parece ser muito isto:

É mau? Não. É bom mas tem de ser, cuidadosamente, trabalhado para não ser tornar acéfalo.

Digo isto porque acho que as melhores caraterísticas do Renato, surgem quando ele põe de lado aquele ar adulto meio forçado.

O autor do blog entre dez (http://entredez.blogspot.pt), escreveu hoje um artigo muito interessante sobre o jogador. Recomendo a leitura, ainda que discorde de muito do que é dito.

O Renato tem 18 anos e consegue passar grande parte dos jogos, longe do protagonismo que as suas caraterísticas pedem. Ele tem de perceber o que o jogo pede e evoluir no sentido de lhe dar as coisas certas, nos momentos corretos.

Esta capacidade de drible em velocidade e progressão com bola, podem ser muito utéis se forem bem exploradas.

O jovem benfiquista tem de perceber quando elas podem ser usadas e de que forma podem ajudar a equipa. Melhorando isso e qualidade de passe, Renato Sanches tem tudo para se tornar um grande jogador.

Agora relembro. A simplicidade com que ele tem vindo a jogar maioritariamente, não lhe pode fazer perder o que de melhor tem. É com naturalidade que o vejo soltar-se num jogo de Champions a 20 min do fim, em que a sua equipa perde 0.2.

Resumindo, acho que o Renato não é a simplicidade que demonstra nem pode ser irreverência desmedida. A evolução passará pela capacidade de acrescentar algo ao jogo de posse da equipa....ao mesmo tempo que adequa a frequência e o timing com que pode ser ele próprio.

Bruno Fidalgo

A missão do código Futebolístico: 

 

A paixão pelo jogo guiou-me pelos caminhos da partilha de pensamentos e ideias. 

 

O treino, a análise...tudo ligado, um único objetivo: 

 

Viver o futebol. 

 

 

Bruno Fidalgo

 

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