Os craques jogam por dentro
"Los jugadores más exteriores suelen tener menor complejidad que el resto. Me refiero a las posiciones que permiten dar la espalda a los límites del campo, y por lo tanto el ángulo de visión al cual se debe atender es mucho más reducido. No es lo mismo jugar de extremo, donde la orientación natural del cuerpo ya permite ver prácticamente todo el terreno de juego con relativa facilidad, que jugar de mediocentro, donde la información es bombardeada en todas las direcciones y sentidos, y se debe orientar el cuerpo en función del balón y los espacios que interesan ver." Gerard Pinies en "Mirar, ver y comprender"
Facilmente compreendemos, que as dificuldades de jogar por dentro do bloco adversário, entre linhas e no corredor central são elevadas. Nem todos estão capacitados para tal.
Em zonas interiores, existe uma maior densidade de jogadores e é natural que nem todos sejam capazes de decidir corretamente.
Olhamos para Messi, no clássico, e reparamos: Fica por fora, colado à linha. Ok, recebe sempre virado para o jogo, mas ele precisa disso? A segunda parte confirma-nos que não.
Numa breve conversa com um jovem futebolista, aconselhei-o a explorar mais vezes o espaço entre-linhas, em zonas onde pudesse expôr, com maior qualidade, o seu último passe.
Inteligente, respondeu: - Mas aí, é mais difícil receber de frente para o jogo. Recebo quase sempre de costas.
É verdade, por isso é que o queria lá...por dentro...no espaço onde devem morar os craques. Aqueles que decidem bem, rodam, seguram e aceleram.
Os criativos, aqueles que inventam passes fatais para os adversários, precisam de soluções à direita e à esquerda, não que lhes fechem o campo...colando-os às linhas.
Os criativos querem ser livres, deixem-nos ser.
Bruno Fidalgo