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A propósito dos "Atletas"

"O jogo joga-se fundamentalmente com a cabeça. A mente tem de estar presente em relação a tudo, e o jogo tem de começar por ser um fenómeno pensado. O cérebro não está isolado dos pés; as coisas não acontecem dessa forma. Os pés funcionam num processo que passa pela mente."

Rui Faria, em "Liderança: As lições de Mourinho"

Na universidade, fui, futebolisticamente "educado", num contexto onde os futebolistas não eram atletas, tratá-los dessa forma, independentemente do teor do assunto, dava direito a reprimenda.

Na altura parecia-me um preciosismo, hoje, entendo a mensagem e defendo-a.

O futebol é, acima de tudo, um jogo tático. Os problemas que ele nos coloca, são, maioritariamente, dessa natureza e todas as ações que se realizam também.

Para que possamos ser bem sucedidos nesta modalidade, é necessário pensar, decidir e executar com qualidade.

O futebol não é um jogo físico. Os seus praticantes não têm de ser atletas, tem de ser pensadores talentosos. O futebol é um jogo de decisões onde o mais rápido nem sempre é o mais veloz.

Um futebolista é muito mais do que o lado físico do jogador, um futebolista, é um praticante que domina diversas dimensões exigidas pelo jogo.

A dimensão física existe, mas a predominância, é e será, sempre, dos que percebem e melhor interpretam o jogo.

Chamar atleta a um jogador de futebol, é, sem desprimor, para com os atletas, reducionista.

Por isso, lembrem-se, quando na flash se dirigem aos "...meus atletas", não o façam, elogiem-nos, tratem-nos pelo que são...futebolistas.

Bruno Fidalgo,

A missão do código Futebolístico: 

 

A paixão pelo jogo guiou-me pelos caminhos da partilha de pensamentos e ideias. 

 

O treino, a análise...tudo ligado, um único objetivo: 

 

Viver o futebol. 

 

 

Bruno Fidalgo

 

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