A intencionalidade comprovada nas ações
Não foi há muito tempo que o treinador adjunto de Boavista nos brindou com uma hilariante declaração. O técnico axadrezado, no final do jogo contra o FC Porto, declarou que a equipa foi ao Dragão para trazer os 3 pontos...ri-me, confesso.
Não ponho em causa, a estratégia adotada pela equipa técnica, liderada por Petit, no entanto, existem ações que põem em causa o discurso demagógico, proferido na flash interview.
A cerca de 1 minuto do final da partida, o Boavista, dispôs de um livre onde poderia, facilmente, colocar a bola na área e tentar criar uma situação de finalização. A equipa do Bessa, preferiu não arriscar e, contra 10, abdicou do lance, preferindo "esconder a bola" do adversário.
Esta falta de coragem, chocou-me. É verdade que o Boavista não possui os mesmo recursos que o adversário, que não possui uma organização lhe permita disputar muitos jogos contras as melhores equipas, ainda assim, esta postura só aumentará a dificuldade do clube em manter-se na 1ª Liga.
Este exemplo, serve, para demonstrar como pequenas ações demonstram o caráter de uma equipa.
No sentido inverso, procurámos identidade nas ações de outra equipa.
Observamos a imagem e verificamos o posicionamento da equipa do Cagliari, no Ãnicio do jogo, frente ao Inter.
Esta pequena ação, demonstra a intenção com que a equipa encarou o jogo e, acima de tudo, demonstra uma perceção deste momento que achei bastante interessante.
Pode parecer um pormenor, mas quantas equipas passam imenso tempo sem conseguir progredir até ao meio campo adversário, sem conseguir penetrar em zonas onde possam criar situações de finalização. No Ãnicio de um jogo, existe a possibilidade de atacar, ocupar o meio campo adversário e entrar facilmente em zonas de criação. Porque são as equipas tão conservadoras e preferem ocupar todo o seu meio campo de forma racional com de se fossem defender?
Parabéns pela intenção, parabéns pela ação e parabéns pelos 4 golos marcados fora de casa a uma das maiores equipas de Itália. Que os resultados continuem a premiar os audazes, mais vezes do que os cobardes.
Bruno Fidalgo,