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Minerazo - Brasil 2014

  • codigofutebolistico
  • 8 de jul. de 2014
  • 2 min de leitura

Recentemente, numa passagem desocupada pelas montras de um quiosque, fiquei a saber que para o jornal "A Bola", este seria, provavelmente, um dos melhores mundiais de sempre, pelos golos, pelas surpresas e pelos grandes jogos.

Já pouca coisa me surpreende nas capas de "A bola", no entanto, tenho de dar os meus parabéns ao génio que proferiu esse fantástico pensamento. Foi um facepalm quase irreflexo que gesticulei perante tamanha afronta à história dos mundiais.

Já aqui defendemos a nossa desilusão perante o futebol praticado pela maioria das equipas, a falta de organização, de um pensamento coletivo que balize as ações dos jogadores são pontos crucias para o nosso desânimo.

Hoje sorri, festejei e bati palmas a cada machadada alemã porque, no fundo, são eles quem defendem o futebol e a evolução da modalidade.

Não tenho nada contra o povo brasileiro, tenho contra a desorganização imposta pelo seu "treinador".

O Brasil de hoje foi uma equipa que carregava um país às costas. A pressão de trazer alegrias a um povo preocupado foi descarregada nas lágrimas de David Luiz. Muito mais do que uma equipa sem noções e comportamentos coletivos fortes, esta seleção surpreendeu pela fragilidade emocional.

Scolari mostrou porque razão treina com pinocos e deixou um Brasil à beira da revolução que terá de surgir por força dos resultados.

Quanto à Alemanha, só temos que agradecer. Agradecer a Low pela capacidade de reaproveitar princípios e nuances táticas do Bayern de Guardiola e aos executantes pela disponibilidade para pensarem mais e melhor.

Esta é das poucas equipas que se apresentaram no Brasil com comportamentos coletivos fortes e consolidados. Conseguem variar o posicionamento do bloco consoante a estratégia, conseguem ser agressivos, objetivos e verticais na transição ofensiva em velocidade, conseguem manter, circular e gerir os ritmos de jogo com bola. São versáteis, coerentes e funcionam em equipa.

Para amanhã, no Holanda vs Argentina, não tenho muito por onde torcer, são duas equipas que individualizam um jogo que se resolve coletivamente. Para o público em geral é capaz de sair um grande jogo, cheio de contra-ataques e desorganização que gera emoção. Para quem gosta de bons príncipios, de ideias organizadas e bem estruturadas e de inovações táticas, não trará nada de novo.

Por isso, resta-me esperar que, no fim, ganhe a Alemanha, para que eu possa dormir como hoje...tranquilo e feliz, porque o futebol foi justo para aqueles que melhor trabalham para o valorizar.

Bruno Fidalgo,

 
 
 
A missão do código Futebolístico: 

 

A paixão pelo jogo guiou-me pelos caminhos da partilha de pensamentos e ideias. 

 

O treino, a análise...tudo ligado, um único objetivo: 

 

Viver o futebol. 

 

 

Bruno Fidalgo

 

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