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O poder de uma ideia

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"yo amo tener el balón. Lo amo. He sido educado para tener el balón. Los jugadores se hicieron futbolistas porque quisieron tener el balón. Sólo entiendo el fútbol a través del balón, es mi idea, y no con ocho jugadores detrás de la pelota" Pep Guardiola

3 Ligas Espanholas, 3 Supertaças de Espanha, 3 Supertaças Europeias, 3 Campeonatos do Mundo de Clubes, 2 Taças do Rei ,1 Bundesliga e por fim 2 Ligas dos Campeões.

Este é o palmarés do homem que, aos olhos de muitos, só pensa em manter a posse de bola, tudo isto em 6 anos.

É importante perceber, até porque existe muita gente com memória curta, que Guardiola não é um treinador de fracassos.

O espanhol segue uma ideia que o apaixona, uma filosofia que o guia no futebol e lhe tem trazido muitos sucessos.

Durante o rescaldo do jogo de Munique, fiquei de boca aberta após mais um genial comentário que vaticinava que este resultado poderia por fim a uma ideia, era a falência de um modelo de jogo.

Inacreditável como as mentalidades mudam tão rapidamente.

Há não muito tempo, o mundo parou para admirar a arte do tiki-taka, o futebol bonito, a ideia fantástica, o modelo a seguir fez com que a modalidade evoluísse. É esse o mérito de Guardiola, gerar novas propostas com base numa ideia forte, pensar o jogo a partir de uma premissa ideológica mas com os olhos postos na evolução do jogo.

O Barcelona sempre teve incutida a cultura de posse e paixão pelo domínio com bola, ainda assim nenhum outro treinador foi capaz de fazer o jogo tão belo como Guardiola fez.

Observando as grandes equipas europeias do momento podemos verificar que poucas são as que têm propostas de jogo fantásticas. A velocidade com que as pessoas se apaixonam pelas equipas vencedoras é enorme. É justo, os vencedores merecerão sempre crédios, no entanto, não podemos julgar os derrotados só pelo resultado.

Os adeptos veem a primeira eliminatória entre Atlético de Madrid e Chelsea e facilmente percebem que nenhuma daquelas ideias os seduz. Pelo menos não da mesma forma que os golos do Ronaldo.

Para quem já jogou futebol o racíocínio é simples, andar atrás dela ou com ela? Para os treinadores igual? Não gostam que as vossas equipas tenham a bola?

Como podemos desprezar tão facilmente a posse de bola?

Existem dois objetivos num jogo de futebol, marcar golo e não sofrer. Só tendo a bola os podemos alcançar. Enquanto a tivermos o adversário não os vai poder cumprir. Quanto mais tempo tivermos a bola, mais tempo temos para chegar aos objetivos do jogo. É assim tão mau querer ter a bola?

"Põe quanto és no mínimo que fazes", é isto que um treinador deve fazer, Guardiola é o que mais tem feito e com melhores resultados.

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"What is the most resilient parasite? Bacteria? A virus? An intestinal worm? An idea. Resilient... highly contagious. Once an idea has taken hold of the brain it's almost impossible to eradicate."

É preciso respeitar as ideias, principalmente quando estas não se alteram em função do objetivo que é a vitória. Em qualquer altura, em qualquer lugar, esta ideia é forte e mantem-se.

Podemos estar certos ou errados, podemos ganhar com "...10 atrás ou 10 à frente", o que não podemos é abdicar de pôr as nossas ideias em campo.

É por isso que admiro o SENHOR, Pep Guardiola. Um senhor, dentro e fora de campo, um exemplo para quem quer aprender o jogo e jogá-lo....com bola de preferência.

Para o ano há mais. Da minha parte:

Gràcies Pep

A missão do código Futebolístico: 

 

A paixão pelo jogo guiou-me pelos caminhos da partilha de pensamentos e ideias. 

 

O treino, a análise...tudo ligado, um único objetivo: 

 

Viver o futebol. 

 

 

Bruno Fidalgo

 

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